GOL está sendo impactada com a inadimplência do governo venezuelano.


















Os problemas de inadimplência do governo da Venezuela com a indústria do transporte aéreo comercial já dura muito tempo (veja Hot News de 07.01.1427.01.1418.03.14 e 16.04.14). Segundo a IATA, o débito com as companhias aéreas estrangeiras que operam no país chega a US$ 3,7 bilhões. Hoje, no final da tarde, a GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. distribuiu um comunicado, informando que na impossibilidade de transferir seu caixa, que em 31 de março totalizava R$ 350,3 milhões, e em função da desvalorização da moeda venezuelana, vai lançar como “impairment” a quantia de R$ 75,9 milhões relacionada àquele caixa. Veja a íntegra do comunicado:


COMUNICADO AO MERCADO


São Paulo, 28 de abril de 2014 - A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. (BM&FBovespa: GOLL4 e NYSE: GOL), (S&P: B, Fitch: B-, Moody's: B3), a maior companhia aérea de baixo custo e baixa tarifa da América Latina, com base nas informações constantes em seu relatório anual no Formulário 20-F, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos - SEC hoje, informa que o governo venezuelano anunciou as novas taxas de câmbio aplicáveis a certas indústrias, incluindo a indústria aérea, que entrarão em vigor em 2014. A CADIVI (Comisión de Administración de Divisas), que em 13 de fevereiro de 2013 correspondia a VEF 6,30/US$ 1,00, deixou de ser a taxa de câmbio aplicável a companhias aéreas, que é agora estabelecida em leilões semanais conhecidos como SICAD (Sistema Complementario de Administración de Divisas), correspondendo a VEF 10, 70/US$ 1,00 em 31 de março de 2014. Embora o governo venezuelano tenha assegurado ao público em geral que tais taxas não se aplicarão ao dinheiro em circulação no país antes da resolução que estabeleceu as novas taxas de câmbio, não podemos prever se seremos capazes de transferir tempestivamente e de forma economicamente viável nosso caixa até então mantido na Venezuela, que em 31 de março de 2014 totalizava R$350,3 milhões. Em vista da desvalorização da moeda venezuelana desde 31 de dezembro de 2013, reconheceremos, em 31 de março de 2014, um impairment de R$75,9 milhões relacionados a tais recursos, que impactarão nosso resultado financeiro, sem impactar os resultados operacionais. Apesar do cenário de incertezas na Venezuela, planejamos repatriar o saldo remanescente.

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