Companhias aéreas do Oriente dominam o céu, mas querem mais
Emirates, Etihad
Airlines e Qatar Airways já possuem mais aviões de grande porte do que todas as
linhas americanas juntas. Na semana passada, compraram mais 350
São
Paulo - Ao fechar, na semana passada, o balanço de vendas do Dubai Air Show
2013, os analistas do setor de aviação levaram um susto: as companhias aéreasEmirates Airlines, Etihad Airlines e Qatar Airways compraram, ao todo, 350
aeronaves de grande porte – com dois corredores, capacidade para até 850
passageiros e para viagens transoceânicas.
O valor do negócio ultrapassou os 162 bilhões de dólares e bateu,
de longe, os recordes de venda daAirbus e da Boeing,
que deverão entregar os produtos ao longo dos próximos dez anos.
A ida às compras das companhias do Oriente Médio demonstram o
tamanho de sua ambição. Elas, juntas, já têm uma frota maior do que todas as
linhas aéreas norte-americanas, que dominaram o mercado por anos a fio, diz o New York
Times. Enquanto a American Airlines comprou 600 aviões de apenas um
corredor para substituir sua frota antiga de voos domésticos, as gigantes do
deserto investiram em grandes aeronaves para expandir seus negócios e sua
capacidade de alcance.
Só a Emirates encomendou 150 Boeings 777X, o novo grande avião da
fabricante americana, e outros 50 A380, a máquina da Airbus que permite até 850
passageiros. A companhia foi a responsável por colocar Dubai entre os maiores
pontos de conexão do mundo. Eles esperam alcançar 70 milhões de passageiros até
2020, ante os 39 milhões que embarcaram em 2012. Já a Qatar Airways colocou em
seu carrinho de compras 50 Boeings 777X e a Etihad, 30 Boeings 787, 50 A350 e
mais 53 outros. Doha e Abu Dhabi, coincidentemente, já são pontos importantes
de conexão de voos.
Os negócios, é claro, têm todo o apoio das famílias reais da
região, que não poupam incentivos para colocarem seus países na rota dos
turistas, mesmo que por uma breve escala. O empurrão nada discreto dos reinados
tem causado reclamações por parte das concorrentes ocidentais, que não têm os
mesmos privilégios com seus governos.
Comentários
Postar um comentário