Investigação sobre Boeing 787 pesquisa condensação e rede elétrica
DA REUTERS
Autoridades que investigam o incêndio
no 787 da Ethiopian Airlines em Londres na semana passada estão focadas em
descobrir como a condensação no avião e uma possível fiação comprimida podem
ter iniciado o fogo, de acordo com fontes familiarizadas com a investigação.
A Administração Federal de Aviação dos
EUA (FAA) disse na sexta-feira que vai pedir inspeções dos equipamentos de
sinalização fabricados pela Honeywell nos aviões 787 da Boeing, mas parou de
exigir que as companhias aéreas desativassem ou removessem os equipamentos,
como as autoridades britânicas recomendaram.
A
FAA disse que as inspeções devem garantir que a fiação esteja devidamente
direcionada e que é preciso procurar fios comprimidos ou sinais anormais de
umidade ou calor, não dando mais detalhes sobre como esses fatores podem ter
contribuído para o fogo.
Mas uma fonte próxima à investigação disse à Reuters que os
investigadores tinham encontrado um fio comprimido na caixa do transmissor de
localização de emergência da aeronave.
A notícia chegou depois que a Comissão Britânica de Investigação
de Acidentes Aéreos (AAIB) disse na quinta-feira que o sinalizador da Honeywell
seria a provável origem do fogo, ressalvando que ainda estava tentando entender
o que teria feito o avião pegar fogo.
A Honeywell não quis comentar. A Boeing se recusou a comentar a
investigação, mas disse que está trabalhando com as companhias aéreas para
inspecionar ou remover os sinalizadores para cumprir as normas de procedimento.
Os investigadores também estão tentando determinar se a
condensação no avião penetrou na caixa do transmissor de localização de
emergência, provocando um curto-circuito na bateria de lítio da unidade, que é
fabricada pela Ultralife Corp, de acordo com pessoas familiarizadas com a
investigação.
As fontes não foram autorizadas a falar publicamente porque a
investigação ainda está em andamento.
A condensação é normal em todos os aviões de grande porte, mas o
787 tem um nível maior de umidade durante períodos mais longos para dar mais
conforto aos passageiros --o nível é de cerca de 15% para o 787, comparado aos
quatro ou cinco por cento nas aeronaves de metal convencionais, disse a Boeing.
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