Presidente da GOL reúne-se com Gilberto Carvalho
Constantino de Oliveira Junior negou que esteja planejando novas demissões, apesar das dificuldades por que passa o setor
Brasília
- O presidente fundador da GOL, Constantino de
Oliveira Junior, e o
atual presidente da empresa aérea, Paulo Kakinoff, se reuniram nesta
terça-feira, 15, com o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência,
Gilberto Carvalho. Eles negaram que estejam planejando novas demissões, apesar
das dificuldades por que passa o setor. "Não tem demissão na empresa. Não
estamos pensando nisso", declarou Constantino.
Segundo a assessoria de Carvalho, os dois vieram pedir uma solução
para o fundo de pensão Aerus, que está sob intervenção desde 2006. Ele reúne
dez mil aposentados e pensionistas que trabalharam nas empresas aéreas Varig e
Transbrasil e que acabaram desamparados por causa de um rombo financeiro. Por
causa disso, o valor de aposentadorias e pensões pagas mensalmente aos ex-funcionários
é de apenas 8% do valor devido, conforme as contribuições feitas ao longo dos
anos por cada funcionário. De acordo com a assessoria, Gilberto teria dito aos
empresários que não estava acompanhando o assunto e não sabia exatamente como o
tema estava sendo tratado no governo. Mas disse que iria se inteirar e depois
poderia dar um retorno, sem marcar uma data para isso.
Os executivos não
abordaram o tema Aerus na entrevista que concederam ao final da audiência.
Constantino disse que não trataram de "nenhum tema específico de
aviação". Segundo explicou, "os temas que temos tratado de aviação
têm sido através da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), de forma
institucional". Eles não quiseram falar sobre uma das principais queixas
das empresas aéreas, o preço do combustível de aviação que onera as passagens
por causa das variações do dólar.
O presidente da
GOL, por sua vez, responsabilizou as operadoras de turismo que fazem bloqueios
de lugares em voos em determinadas datas pelos altos valores que estão sendo
cobrados para as passagens aéreas para o período da Copa do Mundo, em julho do
ano que vem. "As operadoras fazem bloqueio para o período da Copa, uma vez
que não se sabe ainda quais são as sedes que vão receber cada uma das equipes",
disse Kakinoff.
Ele explicou que,
dessa forma, a maior parte dos assentos fica ocupada, o que tem impacto nas
tarifas. Porém, essa é uma ocupação que pode não se concretizar. A expectativa
é que, uma vez realizado o sorteio das sedes da Copa, haja alteração nos preços.
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