Boeing vence disputa de encomendas em feira de aviação britânica

Maior fabricante de aviões do mundo afirmou que obteve 528 encomendas e compromissos de compra em Farnborough, enquanto Airbus registrou 431 pedidos



Boeing venceu a briga por encomendas na feira britânica de aviação de Farnborough, superando a Airbus. Ambas as empresas repetiram resultado do ano passado, com pedidos de cerca de 900 aeronaves, apoiadas pela indústria de leasing.
A maior fabricante de aviões do mundo afirmou que obteve 528 encomendas e compromissos de compra em Farnborough, enquanto a Airbus registrou 431 pedidos.
Mas a conta foi ofuscada por cerca de 400 encomendas que não tiveram o nome dos compradores revelados, algo incomum em um evento projetado para atrair publicidade.
A Airbus responsabilizou o sigilo em torno do nome dos compradores à guerra comercial que deixou algumas companhias nervosas sobre terem suas marcas associadas aos Estados Unidos ou a outras potências econômicas.
“O fato de que o mundo está acordando para ver qual tuíte atingiu que parte do mundo realmente não ajuda”, disse o diretor comercial da Airbus, Eric Schulz, em uma aparente referência ao presidente dos EUA, Donald Trump, que frequentemente usa o Twitter para fazer anúncios sobre suas políticas de governo.
Uma das companhias aéreas que frequentemente têm destaque em eventos de aviação foi a AirAsia, que atravessa forte expansão e cujos co-fundadores anunciaram um pedido adicional à Airbus envolvendo 34 A330neo, expandindo a encomenda total para 100 unidades. Mas não sem ameaçarem antes trocar parte da encomenda total por modelos da Boeing.
A feira também foi um teste para outros fabricantes de aviões que estão sendo engolidos por Airbus e Boeing. A Airbus recentemente completou a compra do programa da aeronave CSeries, da canadense Bombardier, e a Boeing tenta avançar na compra da principal divisão da Embraer.
A Airbus vendeu 60 jatos A220, novo nome do CSeries, e a Embraer conseguiu pedidos e intenções de compra envolvendo 300 jatos, em um total de 15 bilhões de dólares.
fonte: Reuters

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