Venezuela paga dívidas com seis companhias aéreas
País deve às companhias aéreas cerca de 4 bilhões de
dólares, segundo a Associação International de Transporte Aéreo (Iata)
Caracas
- A Venezuela afirmou nesta segunda-feira que pagou dívidas junto a seis companhias aéreas internacionais, conforme o
governo tenta evitar que mais empresas deixem o país.
A dívida foi gerada depois que o governo exigiu que companhias
aéreas vendam passagens na moeda local, bolívar, mas a Venezuela tem sido lenta
na autorização da repatriação dos lucros. Agravando o problema está a inflação
do país, uma das mais altas do mundo, em cerca de 60 por cento ao ano.
A Venezuela deve
às companhias aéreas cerca de 4 bilhões de dólares, segundo a Associação
International de Transporte Aéreo (Iata).
O governo fez
todos os pagamentos de 2013 devidos à AeroMexico, Insel Air, Tame Ecuador e
Aruba Airlines, afirmou o ministro das Finanças, Rodolfo Marco, no Twitter.
O governo
venezuelano também quitou dívidas de 2012 junto à Avianca e Lacsa-Taca,
acrescentou Torres.
"Eficiência!",
disse Marco em um tuíte, sem especificar o montante dos valores pagos.
"Continuamos apoiando as companhias aéreas!", acrescentou ele.
A Air Canada
recentemente cortou voos à Venezuela por causa de preocupações sobre segurança.
A Alitalia suspendeu serviços por causa de atrasos na repatriação de receitas.
Cerca de outras
20 companhias ainda aguardam pagamento.
A partir de
julho, o governo venezuelano vai fixar preços de passagens aéreas em um nível
cerca de 4,5 vezes mais caro que a taxa oficial atual de 11 bolívares por
dólar, informou a Associação de Companhias Aéreas Venezuelanas (Alav), nesta
segunda-feira.
No final de
abril, a brasileira Gol anunciou despesa financeira de 75,9 milhões de reais
devido a mudanças no câmbio da Venezuela, depois que o governo anunciou novas
taxas de câmbio aplicáveis a certas indústrias, inclusive a aérea, neste ano.
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