Em reunião, moradores pediram construção de novo terminal em outro local da cidade


Em reunião realizada na noite de ontem com o Secretário de Planejamento da Prefeitura de Teresina, a comissão de moradores do Bairro Aeroporto rejeitou as propostas de desapropriação para reformas no terminal Senador Petrônio Portela. Os moradores consideram que as propostas da Prefeitura não oferecem nenhuma garantia e querem que um novo aeroporto seja construído em outro local da cidade.
A primeira medida proposta seria a desapropriação de uma área de 30 mil metros quadrados ao redor do terminal aeroportuário. A ação demandaria R$ 614 milhões e retiraria as casas até a altura da Vila Operária. O espaço obtido seria utilizado para a ampliação da casa de passageiros, 18 mil metros quadrados de estacionamento e construção de 12 pontes para aeronaves. A previsão de concretização desta etapa é para 2029.
A segunda medida iria exigir a desapropriação de 64 mil metros quadrados e um investimento de R$ 619 milhões para ampliação do estacionamento, da casa de passageiros e das pontes construídas na primeira fase. A área desapropriada chegaria até o entorno do conjunto Itaperu.
A terceira medida, orçada em R$ 750 milhões, desapropriaria uma área de 343 mil metros quadrados para mais outra ampliação da casa de passageiros e do estacionamento. Ao final de todas as obras, a capacidade do terminal Senador Petrônio Portela aumentaria para 5 milhões de passageiros e garantiria sobrevida ao aeroporto até 2040.
De acordo com a advogada Ana Sales, representante dos moradores, as propostas não dão nenhuma garantia aos habitantes do bairro. “Eles falam apenas em desapropriação, em quanto vai ser investido, mas não falam quanto desse investimento vai ser destinado à população como compensação pela saída”. Advogada diz que o aeroporto não tem mais para onde crescer e que o mais sensato seria a construção definitiva de outro terminal em um local mais afastado da cidade.
“O que nós fomos informados é de que a desapropriação é uma medida de segurança, mas ela vai acontecer gradualmente. Se é por medida de segurança, por que não desapropriar logo todo mundo de uma vez? Por que tirar uns e deixar outros?”.
O Secretário de Planejamento da Prefeitura, José João, informou que a reunião não foi realizada com intuito de negociar nada com os moradores, mas apenas para mostrar a eles o que a Prefeitura está propondo.”O aeroporto não tem mais para onde crescer e nós precisamos de uma medida emergencial. Por isso que se fala em desapropriação. Não tem como mexer na estrutura do terminal sem mexer com as casas próximas”, diz.
Aproximadamente 1200 casas seriam desapropriadas ao final das etapas de ampliação do terminal de passageiros e a Avenida Centenário sofreria um deslocamento para afastar-se mais do entorno aeroviário.
“Infelizmente, o aeroporto está praticamente no centro da cidade e as áreas próximas não podem permanecer intocadas com as melhorias que estamos propondo. Como não podemos verticalizar, a única solução é retirar as famílias do entorno”, declara.  
Sobre a construção de um novo aeroporto em outro local da cidade, conforme pedido dos moradores, o secretário diz O Governo do Estado já estudou propostas e procura um terreno onde a obra deverá acontecer, mas ainda não dá nenhuma previsão.  
Verticalização
Uma das saídas pensadas pelos moradores do Bairro Aeroporto seria a verticalização das áreas próximas ao terminal, mas, de acordo com resolução do Comando Regional Aéreo, nenhum prédio com mais de 11 andares pode ser construído a menos de 5 km de aeroportos ou região de pouso e decolagem de aeronaves. A medida afeta diretamente a construção de novos edifícios na região central e zona e Norte de Teresina. 
Fonte: Portal do Dia

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