Leilão de imóveis da Varig arrecada R$ 12,4 milhões
“O setor de leilões deu uma arrefecida, não está mais igual como estava até o ano passado”, manifestou o gestor judicial da empresa, Jaime Canha
Rio
de Janeiro - Embora o resultado tenha ficado abaixo do valor de avaliação
inicial de R$ 27,670 milhões, o 5º leilão de imóveis da antiga Varig, ocorrido hoje (12) pela 1ª Vara Empresarial do Tribunal de
Justiça do Estado do Rio de Janeiro, foi considerado positivo pelo gestor
judicial da empresa, Jaime Canha.
O leilão arrecadou R$ 12,4 milhões, além de R$ 2,58 milhões em
lances condicionais, que ainda dependem de confirmação, por terem ficado abaixo
de 50% do valor estabelecido para os bens.
“O setor de
leilões deu uma arrefecida, não está mais igual como estava até o ano passado”,
manifestou Canha. Ele se mostrou, porém, otimista, uma vez que novos quatro
leilões estão programados, sendo um na próxima semana, para venda de
equipamentos de informática e de escritório e automóveis da Varig, dois em
novembro e outro previsto para março de 2014.
O dinheiro
arrecadado nos leilões será utilizado, com prioridade, para o pagamento dos
credores, conforme determina a Lei 11.101, conhecida como Lei de Falência.
“Hoje, você tem o pagamento dos ex-funcionários que lá [na Varig] trabalharam e
que ainda trabalham”.
O juiz Luiz
Roberto Ayoub, titular da 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado
do Rio, disse à Agência Brasil que em primeiro lugar deverão ser pagos o que a
lei chama de créditos extraconcursais, ou seja, os créditos constituídos após a
data de decretação de falência da empresa, o que representa um valor baixo,
segundo ele. Em seguida, os trabalhadores até o limite de 150 salários mínimos
e, depois, os credores com garantia real, “entre os quais e, em especial, o
[fundo de pensão] Aerus”.
Todos os valores
decorrentes da arrematação dos bens serão depositados em conta judicial para
efeito de pagamento posterior, disse Ayoub. “Eu não posso iniciar o pagamento
agora, porque ainda há recursos em Brasília”, disse. Afiançou, entretanto que,
na prática, os trabalhadores serão os primeiros a receber “e, logo depois, o
Aerus”.
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