Deborah Colker diz que vai processar GOL por discriminação

Após alegar constrangimentos para viajar com neto, coreógrafa diz que vai processar companhia aérea. Tripulação exigiu atestado da criança, que sofre de doença na pele

São Paulo - Deborah Colker, famosa bailarina e coreógrafa brasileira, afirmou que vai processar a GOL após seu neto de três anos ter sofrido constrangimentos para conseguir embarcar em um voo nesta segunda-feira. A criança sofre de uma doença, não contagiosa, que se manifesta na pele. Ao jornal O Globo, Deborah afirmou que a ação “não é pelo dinheiro”, mas para que a companhia "saiba lidar com pessoas com doenças raras".
"Foi uma atitude preconceituosa, discriminatória. Um total despreparo", disse. 
Ontem, após uma temporada de apresentações em Salvador, Deborah voltava ao Rio de Janeiroacompanhada da filha, Clara Colker, e do genro, Pedro Fulgencio, além do neto, Theo. 
De acordo com a família, após o embarque de todos os passageiros e o fechamento das portas, a tripulação da GOL tentou impedir que o menino seguisse viagem.
O temor era de que a doença fosse contagiosa. Theo tem epidermólise bolhosa, que causa bolhas na pele e nas mucosas. 
Em sua página no Facebook, a mãe do menino afirmou que foi abordada pela equipe de bordo de forma "agressiva e indelicada", e que mesmo após explicar que se tratava de uma doença que não oferecia risco aos passageiros, foi questionada diversas vezes sobre a necessidade de um atestado médico para seguir viagem. 
"Já viajei inúmeras vezes com ele para dentro e fora do Brasil. Nunca passei por isso. Basta olhar para mim, para o pai e para avó que vivem agarrados nele e não têm nada na pele", escreveu Clara.
Quando ameaçou filmar o que estava acontecendo, a comissária se negou a continuar a conversa, se retirou e voltou um tempo depois avisando que o garoto só seguiria viagem após ser avaliado por um médico da Infraero.
Segundo a mãe da criança, quando soube que se tratava de epidermólise bolhosa, até o médico ficou constrangido e avisou que a criança poderia viajar sem nenhum problema. 
"Nesse momento, a Polícia Federal também estava na porta do avião, dois agentes foram acionados, querendo retirar minha mãe, meu filho, eu e meu marido do avião. Disseram que tinham que cumprir ordens da empresa GOL", relatou. 
"Ando na rua já acostumada a ser bombardeada por olhares curiosos mas nunca tinha sentido uma agressão tão grande com ele", desabafou Clara. 
No final de toda confusão, a família conseguiu prosseguir viagem. O voo, que estava previsto para chegar ao Rio às 13h50, só pousou às 16h50. 
Em nota, a GOL declarou que "preza pelo respeito aos clientes e às normas de segurança" e que "está analisando o ocorrido e tomará as medidas cabíveis". 


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