Embraer procura seduzir os ricos em mercado saturado de jato
O Legacy 500 iniciará operações no primeiro semestre de
2014 e será o modelo inaugural da companhia
São
Paulo - A Embraer SA está apostando no crescimento da
economia americana para atrair compradores ricos para seus novos jatos
comerciais, mesmo quando companhias cientes dos custos reduzem viagens em
aviões privados e alguns proprietários, incluindo o ex-bilionário Eike Batista,
estão sendo obrigados a vender seus aviões.
O primeiro dos modelos, o Legacy 500 – de tamanho médio, com até
12 assentos – iniciará operações no primeiro semestre de 2014 e será o modelo
inaugural da Embraer construído para esse nicho do mercado. Um ano depois
chegará o Legacy 450, chamado de um modelo ligeiro médio, anunciou a Embraer.
O desafio da
Embraer: justo quando a maior fabricante de aviões do Brasil aposta nos novos
jatos corporativos para reduzir sua dependência dos aviões comerciais, a
demanda mundial é quase a metade do ritmo de 2008. O presidente Frederico
Curado afirmou numa teleconferência que o mercado está “se enfraquecendo”,
porém ele espera que a companhia cumpra suas metas de vendas.
Até a
apresentação dos Legacy 450 e 500,
a Embraer tirou os modelos de tamanho médio da sua
tradicional linha de jatos regionais, convertendo-os em jatos de luxo. Agora,
oferecerá os novos modelos num mercado já cheio de jatos da Bombardier Inc. e
da Gulfstream da General Dynamics Corp, assim como de aviões usados, como
Legacy 600, vendido recentemente por Eike Batista.
Foram os pedidos
de jatos regionais comerciais e não os de aviões de negócios os que potenciaram
a Embraer em 2013, elevando suas ações em 33 por cento, até ontem, em
comparação com o Ibovespa, que caiu 17 por cento.
A Bombardier
cresceu 30 por cento. Os pedidos das linhas aéreas dos Estados Unidos ajudaram
a impulsionar as encomendas da Embraer, totalizando 366 jatos regionais,
superando os 279 pedidos de modelos concorrentes da Bombardier.
A entrega global
de jatos de negócios caiu de 1.315, em 2008, para 672, em 2012, conforme a
Associação Geral de Fabricantes de Aviação. O total deste ano será de 649,
segundo a consultoria Forecast International, baseada em Newtown, Connecticut.
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