Justiça argentina abre caminho para LAN evitar despejo
Companhia ganhou duas medidas cautelares que interrompem o processo de despejo de hangares do aeroporto de Buenos Aires
Buenos
Aires - A Justiça Federal argentina concedeu nesta sexta-feira, 23, duas
medidas cautelares que interrompem o processo de despejo, iniciado pelo governo
de Cristina Kirchner, de hangares do aeroporto metropolitano Jorge Newberry
(Aeroparque) ocupados por empresas privadas de linhas aéreas. As medidas foram
impetradas pelas companhias de táxis aéreos, Mac Air e Tango, e abrem caminho
para que a LAN Argentina, subsidiária da Latam, de capitais chileno e
brasileiro, se defenda da decisão oficial, pela qual as empresas teriam que
desocupar seu hangar até a próxima quinta-feira, 29.
cautelar suspende a resolução do
Organismo Regulador do Sistema Nacional de Aeroportos (Orsna), da última terça,
20, que deu um prazo de 10 dias para que a LAN e demais companhias de táxis
aéreos desocupem os hangares. No caso da LAN, o contrato de ocupação só vence
em 2023 e a diretora de Comunicações, Maria Lucila Maldonado, informou que a
companhia vai recorrer à Justiça nos próximos dias.
A decisão em
favor da Mac Air e Tango representam importante antecedente em favor da LAN,
que já declarou a inviabilidade de manter seus 14 voos domésticos sem o hangar no
Aeroparque.
A ruptura
unilateral do contrato da LAN é objeto de discussão em Santiago, em reunião
entre os chanceleres Alfredo Moreno (Chile) e Héctor Timerman (Argentina). A
reunião estava prevista como parte da relação bilateral, porém, a agenda foi mudada
a pedido do presidente Sebastián Piñeira para dialogar com as autoridades
argentinas sobre o caso.
Timerman declarou
que o conflito será discutido e que o governo pode colaborar para o diálogo
entre as partes. Porém, ponderou que o governo não pode resolver os problemas
de empresas. O hangar da LAN é usado como oficina de manutenção de 12 aeronaves.
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