Avianca vê volatilidade do dólar pior do que valorização
A expectativa da companhia é que a taxa possa se estabilizar após as medidas tomadas na semana passada pelo governo
São
Paulo - Pior que um aumento da taxa de câmbio é a volatilidade da moeda, na opinião
do vice-presidente comercial da Avianca, Tarcísio Gargioni. Por isso, a
expectativa da companhia é que a taxa possa se estabilizar após as medidas
tomadas na semana passada pelo governo.
"Temos confiança de que vai acontecer (a estabilização), pela
sinalização da sexta-feira, quando houve a inversão da curva", comentou o
executivo, que participa nesta segunda-feira, 26, de almoço do Grupo de Lideres
Empresariais (Lide).
De acordo com
ele, a Avianca ainda não tomou medidas para minimizar os impactos da alta do
dólar frente o real sobre a companhia. "Estamos aguardando a estabilização
para tomar alguma providência", disse.
Cerca de 40% dos
custos das companhia aéreas brasileiras são dolarizados, e as empresas costumam
compensar o aumento dos custos em dólar com reajustes nas passagens e cortes na
oferta de voos, entre outras alternativas de redução de custos.
Apesar de
observar um cenário macroeconômico difícil, Gargioni reiterou a meta da
companhia de crescer acima de 30% em 2013. "No primeiro semestre crescemos
37% e nosso plano não mudou, continua intacto", afirmou. A empresa estimou
um crescimento de 2% do PIB deste ano quando traçou suas projeções, comentou.
Gargioni
salientou que a expansão na demanda da companhia é resultado do diferencial de
produto que a empresa oferece. A Avianca tem como estratégia oferecer um
serviço de transporte aéreo superior, com mais espaço entre as poltronas e
maior gama de opções de atividades de entretenimento, entre outros
diferenciais. "O mercado de transporte aéreo apresentou praticamente
crescimento nulo no primeiro semestre, esperamos que no segundo semestre
possamos ver um desempenho melhor", completou.
O executivo
lembrou que o segundo semestre responde por 55% do movimento anual e que dois
terços dos passageiros viajam a negócios.
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