Buenos Aires - Depois de meses de conflito entre a
aérea LAN Argentina
e o governo de Cristina Kirchner, a companhia confirmou, nesta quarta-feira,
21, que poderia deixar de operar no país.
A decisão é uma
resposta à ordem oficial para que a empresa desocupe, dentro de um prazo de 10
dias, o hangar no qual concentra seu trabalho de manutenção no aeroporto
metropolitano Jorge Newbery (Aeroparque). A informação foi dada pelo diretor de
Assuntos Corporativos da LAN, Agustín Agraz, à agência local de notícias
Diarios y Noticias (DyN).
Ele disse que a
operação de LAN Argentina é inviável sem o hangar porque elevaria os custos.
"Se tiram a gente do hangar, seremos obrigados a deixar de voar aos 14
destinos da Argentina", alertou.
O executivo lamentou
que, nos últimos meses, nenhum funcionário do governo responsável pela política
de transporte aeroportuário da Argentina tenha atendido às ligações telefônicas
da companhia.
Agraz disse que a
companhia recebeu a ordem de despejo ontem, 20, emitida pelo Organismo
Regulador do Sistema Nacional Aeroportuário (Orsna) e que vai apresentar
recurso legal contra a medida.
"Recorreremos à
justiça para fazer valer nossos direitos. Temos um contrato assinado até 2023
pelo hangar e nossa base de manutenção até o ano 2023, com um investimento de
US$ 5 milhões e royalties mensais de US$ 20 mil", afirmou.
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