Grupo de pilotos da Ryanair quer inquérito sobre segurança
Empresa irlandesa rejeitou uma pesquisa nesta segunda-feira dizendo que foi "fabricada" por dirigentes sindicais
Ryanair: pesquisa informou que 89% não
consideram que a empresa tenha uma cultura de segurança aberta e transparente e
dois terços não se sentiam confortáveis em informar problemas por meio de
relatórios
Dublin - Pilotos da maior empresa aérea de baixo custo da Europa,
a Ryanair, se
sentiram inibidos em relatar preocupações de segurança e querem que reguladores
estabeleçam o impacto sobre a segurança de suas práticas de trabalho, disse um
grupo de pilotos que buscam representação sindical.
A empresa irlandesa, que ajudou a criar um serviço de baixa tarifa
com cobranças adicionais para tudo, desde o check-in no aeroporto até carregar
malas de mão, rejeitou uma pesquisa nesta segunda-feira dizendo que foi
"fabricada" por dirigentes sindicais.
O Grupo de
Pilotos da Ryanair, o qual a empresa não reconhece, disse que pesquisou mais de
1.000 pilotos, um terço do total da empresa, e que 94 por cento quer que
reguladores conduzam um inquérito.
A pesquisa também
informou que 89 por cento não consideram que a empresa tenha uma cultura de
segurança aberta e transparente e dois terços não se sentiam confortáveis em
informar problemas por meio de um sistema interno de relatórios.
A Ryanair disse
que ao grupo falta "qualquer independência, objetividade ou confiança"
e que a pesquisa fazia parte de uma campanha fracassada de 25 anos para ganhar
reconhecimento sindical na Ryanair.
A empresa
ressaltou que não teve uma fatalidade de passageiro ou tripulante em seus 29
anos de operações e que encoraja os tripulantes a reportar qualquer problema de
segurança em seu sistema online e confidencial.
O presidente do
grupo de pilotos, Evert van Zwol, que não é piloto na Ryanair mas até
recentemente era presidente da Associação Holandesa de Pilotos Aéreos, disse
que três quartos dos pilotos da empresa são contratados por meio de agências e
quase a metade deles possuem contratos que não oferecem garantias de trabalho.
O sindicato da
Associação Irlandesa de Pilotos Aéreos disse que esses contratos estão entre os
que têm as piores condições na indústria.
Isso poderia
significar que os pilotos podem evitam falar, por exemplo, se o avião levava
combustível suficiente, ou optar por voar quando está doente, disse Van Zwol.
Embora não
houvesse nenhuma prova de que este era o caso, as preocupações justificam um
inquérito independente para estabelecer se havia algum motivo para preocupações
de segurança, disse ele.
O grupo informou
que entregou os resultados da pesquisa à Ryanair e à Autoridade Irlandesa de
Aviação.
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