American Airlines vai cortar voos à Venezuela por disputa
Caracas
- A American
Airlines anunciou nesta terça-feira que cortará quase 80
por cento de seus voos semanais à Venezuela, em resposta à recusa do governo de repatriar 750 milhões de
dólares em receita bloqueada por controles cambiais. A partir de 2 de julho, a
American fará 10 voos semanais apenas para Miami.
Suas rotas atuais incluem 48 voos semanais para San Juan,
Dallas/Forth Worth e Nova York. A Associação Internacional de Transporte Aéreo
(Iata, na sigla em inglês) disse que as companhias aéreas membros da associação
têm 4 bilhões de dólares em receita de bilhetes que não puderam repatriar
devido a atrasos no mecanismo de controle cambial da Venezuela.
"Já que
devem a nós um montante circulante significativo (750 milhões de dólares até
março de 2014) e por não termos conseguido alcançar uma solução sobre a dívida,
vamos reduzir significativamente nossos voos ao país", escreveu um
representante da companhia aérea em um e-mail.
A companhia disse
que trabalha na Venezuela há mais de 25 anos, e que o país foi o primeiro
destino da companhia na América do Sul. O presidente venezuelano Nicolas Maduro
ameaçou expulsar companhias aéreas que interrompam voos ou restrinjam o
serviço. Ele atribuiu recentemente o problema a voos que seriam redirecionados
para o Brasil devido a Copa do Mundo.
O sistema de
controle cambial de 11 anos da Venezuela exige que companhias aéreas cobrem
passagens em bolívares.
Mas o país forneceu apenas aprovação limitada para a
repatriação destes fundos de volta a dólares.
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