Concessionária de Viracopos deve ser multada após Copa
Rio
de Janeiro - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve aplicar uma multa ao consórcio que assumiu a
administração do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), somente após a Copa do Mundo, de acordo
com o diretor-geral da agência, Marcelo Guaranys, ao destacar que o consórcio
ainda pode recorrer da sanção.
Segundo ele, a Anac está priorizando a operação dos aeroportos
durante o mundial para depois se concentrar em outras questões. "Estamos
concentrados na operação da Copa do Mundo e não esperamos que isso saia antes
da Copa", disse ele a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.
"Nós
enviamos o auto de infração ao consórcio por itens que não foram cumpridos e
eles têm direito de contestar. Em cima dessa contestação é que aplicamos a
multa no final", acrescentou ele.
O consórcio
formado pela Triunfo, UTC e a francesa Egis Airport Operation enfrenta atrasos
na execução da obra de modernização do terminal, e chegou a ter as obras
interditadas em meados de maio pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
A multa prevista
em contrato pode chegar até 170 milhões de reais, mais até 1,7 milhão de
reais por cada dia de atraso.
Copa do Mundo
A Anac e o
governo federal entendem que o país vem enfrentando sem problemas a demanda
aeroportuária durante o começo da Copa do Mundo.
Os esforços já
miram a segunda fase da Copa do Mundo, quando a circulação de passageiros
tende a aumentar. A vantagem é que nem todas as sedes irão receber jogos
da reta final do mundial.
"Estamos
indo bem até agora; tranquilos e a segunda fase impõe novos desafios",
afirmou Guaranys.
Desde a véspera
do mundial, o percentual de atrasos de voos está em 4,1 por cento, com cancelamentos
em 8,2 por cento, abaixo das limites máximos estabelecidos pelas autoridades
brasileiras.
"Nada nos
supreendeu até agora e estamos com números abaixo do padrão
internacional", afirmou a jornalistas o Ministro da Secretaria de Aviação
Civil, Moreira Franco.
Até agora, a Anac
também contabilizou 25 autos de infração por descumprimento dos direitos
dos passageiros e aplicou à empresas aéreas 11 penalidades por fiscalização
técnica.
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