Média de funcionários por aeronave é a segunda maior do mundo entre as 27 empresas aéreas pesquisadas
São
Paulo – A média de funcionários por avião da TAM é tão alta que se ela quisesse colocá-los em um Airbus como
passageiros, sentados e com os cintos afivelados, não caberia. Para cada
aeronave que opera, a TAM mantém 182 funcionários. Para se ter uma ideia, o
modelo médio da TAM é o Airbus 320, com capacidade para 150 a 180 passageiros.
A média de funcionários por avião da empresa só perde para a da
Singapore Airlines, com 204. Quando são levados em conta os dados da nova
parceira da TAM, as coisas não mudam muito de figura: a Lan emprega 146 pessoas
por aeronave. Isso leva a Latampara
uma média de 165, atrás da Air
France KLM (168) e na
frente da China Southern (161).
A Gol aparece não
muito abaixo, com média de 137 empregador por aeronave. No final da lista,
estão algumas das chamadas companhias “budget”: EasyJet (39 funcionários por
avião), Vueling (33) e RyanAir (30). Os números são de 2012, contemplam 27
aéreas e foram reunidos pela corretora Brasil Plural, em relatório assinado por
Chris Recouso, Catherine Foster e Italo Ferrara.
Turbulências
A TAM afirmou há
cerca de uma semana que chegou a um acordo com o Sindicato Nacional dos
Aeronautas (SNA) para um “ajuste no quadro de tripulantes”. Cerca de 800
pilotos e comissários serão dispensados, número que a empresa pretende atingir
através de um programa de demissão voluntária e de licença não remunerada. A
previsão inicial era de mil demitidos.
A empresa tem
sofrido com o que a Brasil Plural chama dos “quatro cavaleiros” que ameaçam o
setor globalmente: inflação de combustíveis, necessidade de capital intensivo,
fardos regulatórios e pressões trabalhistas. Como mostram os números, a TAM é
desproporcionalmente afetada por este último problema, além do desaquecimento
da demanda doméstica e pressões de custo por causa do aumento do dólar.
As demissões são
uma adaptação da companhia para esta nova realidade: a TAM já diminuiu em 12%
sua capacidade desde 2011. Em maio deste ano, Marco Antonio Bologna se tornou
presidente da holding e Claudia Sender assumiu a presidência da empresa.
Um de seus desafios é voltar a deixar os voos da empresa cheios – de
passageiros, é claro.
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